Sonhei com você de novo. Eram três da tarde e eu estava no trabalho. Me distraí por um segundo e lá estava eu, refletido em seus tão verdes olhos, que me fitavam sem dó, e sua boca vermelha chamava meu nome, mas à minha frente apenas um caderno em branco e uma cadeira vazia.
Tento me concentrar novamente, mas logo, um longo suspiro brota das profundezas de minha memória, que insiste em revisita-lo, como um diabo que me atenta, fazendo questão de enfatizar que, não importa o quão próximo estejamos, nunca poderei toca-lo, ou ser tocado por ti, nunca sentirei o cheiro de seus cabelos ou o gosto de sua boca, e que nunca serei o motivo de seu sorriso bobo, como você é o meu.
Saio de minha imaginação e me ponho em meu lugar, continuando o que havia parado de fazer. "Devo parar de suspirar por sonhos tão distantes", sussurro para mim mesmo, suspirando mais uma vez.
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