Cigarros, Café e Poema

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Lua e Júpter Canções sob uma Figueira.

em 11 outubro

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Textos escritos à luz de velas em meio às madrugadas de insônia.

“Trago em meus escritos as dores de uma Estrela, a alegria da Lua e a leveza das nuvens para que o Sol deixe de ser o único a brilhar no céu.”

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O Ódio Que Sinto Por Ti

Eu te odeio Não há nada mais que eu possa sentir por você senão ódio Odeio quando chega em algum lugar que estou em paz com meus amigos Odeio quando você está no mesmo lugar que eu Odeio quando me manda mensagem Quando quer minha companhia Odeio como me usa como experimento social Odeio quando fala pra eu concertar minha postura Quando diz que tenho algo a corrigir Como se mostra "espiritualmente mais evoluído" Odeio quando tenta me espiritualizar também Odeio a forma que você me faz sentir Odeio quando ouço meu nome na sua voz Odeio a forma que senta Ou quando a única pessoa com quer puxar assunto sou eu Odeio escutar o que você tem a dizer Odeio quando escuta o que eu tenho a dizer Odeio a forma como movimenta as mãos ou mexe no cabelo quando o assunto te empolga E não há nada que eu repudie mais que o som de sua gargalhada Quando me abraça Ou reclama quando peço um cigarro Odeio a forma que você se importa comigo e quer que eu me torne alguém melhor Odeio você por me faz

Reflexo

Não Eu não te perdoo Você me destruiu tal qual nem mesmo deus tinha o feito antes Eu te odeio Com cada fio de cabelo em minha cabeça com cada célula do meu corpo com cada gota de sangue em meu coração E eu quero que você continue vivo para pagar com sofrimento por cada segundo da vida que você desperdiçou para transformar a minha vida num inferno Eu não te perdoo Eu te odeio E quero vê-lo sofrer Mas sei que isso vai passar não que um dia eu vá te perdoar Isso nunca Mas que um dia eu vá esquecer Esquecer que um dia fui tolo o suficiente a ponto de deixar que você me fizesse sofrer Esquecer que um dia eu desperdicei cada segundo da minha vida amando você Pois sei que esse ódio todo não é de você É de mim mesmo e que você é apenas um alvo no qual eu projeto todo esse ódio Mas eu não posso odiar a mim mesmo muito menos quando fui eu quem sofreu Por isso eu espero que um dia eu possa perdoar a mim mesmo

Filho de Sol e Vingança

A história de Kàlio começa antes mesmo da humanidade saber da existência dos deuses. Héstia, deusa grega do lar, da pureza e do fogo, uma dos doze habitantes do Monte Olimpo, descia à Terra todos os dias, antes do nascer do sol e escalava as montanhas de Rila, segurando uma faísca do Fogo Sagrado do Monte Olimpo para iluminar seu caminho, até chegar na calma nascente do grandioso Rio Maritsa, onde se banhava e lavava seus sedosos cabelos, tão ruivos quanto as chamas da qual era matriarca. Agradava-lhe a ideia de que até mesmo um rio tão feroz e poderoso era gentil e calmo ao nascer. E ali permanecia, deitada sobre as rochas úmidas, com seu corpo molhado totalmente a disposição dos últimos raios prateados da lua, só se levantando quando a luz do sol nascente começasse a aquecer seu corpo. Apolo, aquele que carrega o Sol em sua carruagem feita de luz e poesias, depois de muito assistir os repousos delirantes de Héstia, apaixona-se profundamente, mas não podendo deixar seu posto como

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